quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Chuva outra vez

Quase toda situação te remete a outra, mas algumas fazem isso de forma mais intensa. O dia de hoje teve um sabor deliciosamente forte. Moderno e antigo. Parecia uma música que eu não escutava há anos. No fim das contas, o tempo não tem fim e o começo quase não conta. Aprisionada numa camisa de força, as lembranças contam sobre como o cheiro de plástico foi esquecido e onde foi que os delírios e devaneios erraram. As previsões não foram precisas, mas foram bonitas.
Sinestésico as fuck
A mesma coisa que causa fisgadas na perna revela que o que antes vinha de dentro pra fora só serve de fora pra dentro. O fim era temível e parecia distante. O fim chegou e não foi tão terrível quanto o esperado. Havia existência posterior ao fim, afinal. Parece que os processos cíclicos se encerram vez ou outra.
Sinto saudades da Brinquedos Laura
Um tanto quanto inadequado é lembrar daquilo que te machucou, mas é perfeitamente possível se dar conta de que as feridas cicatrizaram e que tudo acabou valendo a pena. Novas escolhas surgem logo à frente e nós torcemos para que tomemos as decisões mais corretas.
Devo convidá-la pra
Qual é a fração de nossos delírios atuais que diz respeito ao passado e qual diz respeito ao futuro? Qual será a música que deixaremos de ouvir dessa vez, para ouvir outra vez apenas daqui a alguns anos? Será ela lembrada com carinho ou com pesar?
fazer o quê, exatamente?
Relembro da música com carinho. Não ostento um sorriso no rosto ao lembrar dela porque estou com sono demais para expressar emoções. Elas estão dentro de mim e isso já é o suficiente.
Horas não existem.
Gosto muito de roupas com capuz. Elas fazem com que eu me sinta confortável e protegido.