quarta-feira, 20 de março de 2013

E para sempre nada vive?

Há dois títulos alternativos para esse post:
  • Como coisas acabam;
  • O último post.
O boboca estava certo.
Retas paralelas são retas que nunca se encontram. Também pode-se dizer que são retas que se encontram apenas no infinito. Tem gente que gosta de dizer que são aquelas retas que ficam de ladinho uma da outra (?). Bom, quando você escreve alguma coisa, você pode fazer paralelismos. Paralelismos estão em livros, filmes, séries de TV etc. Você já deve saber disso. O que eu pretendo fazer aqui pode parecer meio besta e sem propósito, mas eu senti a necessidade de fazer esse post porque era importante que eu não deixasse de estabelecer um determindado paralelismo. Só que ele tem um problema. As tais "duas retas" não só se encontram no infinito... como uma delas também ESTÁ NO INFINITO. Ou talvez no seu infinito.
Não, você não é o boboca.
Nesse ponto você deve ter percebido que esse post vai ser algo estranho de se ler, mas se você ainda está lendo, eu te abraçaria como forma de agradecimento se eu pudesse.
Achei que seria um triunfo.
Bom, não tenho dinheiro para pagar uma faculdade particular e a única universidade pública na qual fui aprovado no vestibular é um pouco longe da minha casa. Já comecei meu segundo ano no cursinho. Alguns professores foram trocados, por exemplo, o de redação. Nesse ano, terei aulas de redação com o professor que me dava aula de semântica no ano passado. O que importa para o que eu pensei em escrever era um tópico que foi levantado pelo professor de redação do ano passado na primeira aula que ele deu. Ele falou sobre "inspiração".
De certa forma até foi.
Ele estava contando que muita gente se sente impedida de fazer redações por não estar se sentindo inspirada no momento de escrever. Mas ele explicou que o conceito de "inspiração" foi inventado há muito tempo, na época da Revolução Francesa ou algo assim, pelos nobres. A ideia era fazer todo mundo acreditar que algumas pessoas são mais aptas a fazer arte de qualidade do que outras. Em suma, ele quis dizer que inspiração não existe.
Navio fantasma.
O que eu acho sobre isso? Eu concordo... em partes (estou percebendo que concordo em partes com muitas coisas, mas não sei se isso é bom ou ruim). Acho que até existe inspiração, mas ela não é desse jeito que as pessoas normalmente acreditam. Well, sacumé, várias coisas acontecem com você e/ou a você ou você passa um tempo pensando... aí, no final desse processo de sucessão de acontecimentos e/ou pensamentos, sua mente começa a processar tudo aquilo e te dá ideias e interpretações sobre as coisas. Acho que esse momento é que é um momento de inspiração.
Uma pergunta aparentemente interessante +
Mas a interpretação dos fatos vai mudando de pessoa pra pessoa, sabe? Quero dizer, não acontece sempre da mesma forma. Por isso todo mundo se expressa de formas diferentes. Por exemplo, às vezes alguém escreve alguma coisa e quem lê saca o propósito logo de cara, mas tem casos em que demora mais. Você mesmo não deve estar entendendo o propósito desse post que eu estou escrevendo. Os meus posts mais antigos (de uns 2 anos atrás ou mais) tinham propósitos muito claros para o leitor. Depois, eles passaram a dar impressão de que tinham um propósito específico e primário apenas para mim, mas que poderiam gerar algum tipo de reflexão ou interpretação para vocês. Atualmente.... Acho que essa parte de interpretação de vocês está muito mais distante... e eu peço desculpas por isso e te parabenizo pela sua persistência em tentar ver sentido, aplicação e identificação pessoal no que eu escrevo. Pelo menos, ninguém pode falar que eu subestimo sua inteligência.
+ pode acabar tirando o foco do que +
Antigamente, eu escrevia coisas e queria que o máximo de pessoas visse e tinha quase certeza de que iam gostar, mas hoje eu escrevo as coisas e mando para o mínimo de pessoas possível e torço apenas para que não me xinguem depois de ler....
+ realmente importa.
É. As coisas mudam. As pessoas também. Sabe, pode soar meio idiota o que vem a seguir, mas allons-y. Eu costumava pensar que talvez as pessoas não mudassem... o que mudava era minha percepção sobre elas... mas depois de um tempo abandonei essa ideia porque, se minha percepção muda e eu sou uma pessoa, querendo ou não, alguém está mudando. Quer dizer... Eu acho que sou uma pessoa (uma pessoa que está em dúvida se usa ou não letras maiúsculas depois das reticências).
Você já parou para se perguntar?
Mas aí sobra a dúvida sobre quem é que mudou. Você ou o resto? Ou será que os dois? Foi pra pior ou pra melhor? Essa última pergunta é interessante porque ela pode gerar um pouco de dor. Muita gente não gosta de mudanças e, na maioria dos casos, eu sou uma dessas pessoas. As mudanças me incomodam porque muitas vezes elas indicam o fim de alguma coisa. Pode ser alguma coisa que você torcia para que tivesse um outro direcionamento, que te levasse a algum lugar bacana (não necessariamente no sentido físico). E aí elas acabam e isso é meio triste.
Já se perguntou quem está certo?
Dessas mudanças, sobram lembranças, então você fica pensando em como as coisas poderiam ter sido feitas para que durassem mais ou para que durassem melhor. Isso leva você a overthinking e você começa a sofrer por isso e deseja ter uma máquina do tempo para acertar os direcionamentos. Para compensar o overthinking você pensa no que está confortável e agradável no momento e lembra que talvez isso não existiria se não fosse pelas mudanças. Você tenta ignorar as perguntas anteriores e só sobra a seguinte: quem é que foi o responsável pela mudança? Talvez a resposta não importe muito.
Ou o que está errado?
O que importa é que algo está mudando aqui no meu quarto. Minha mãe quer varrer aqui e ela vai me pedir ajuda para nos livrarmos de algumas coisas velhas. Vamos abrir espaço para novas coisas velhas. Essa é uma mudança que pode ser dolorosa, mas vai ter boas consequências...
Já parou pra se perguntar sobre +
Mas tem coisas que não mudam nunca, como aquela história de que
o que
Eu
realmente
Gosto
é
de
o significado de
Pular
"EURSCQ"?
Linhas.
Qual foi a pergunta?
'Nuff said.

Until plus see.

domingo, 17 de março de 2013

Are you my mummy?

Se você está lendo isso, provavelmente já me viu comparando situações a sabores e vice-versa. Caso contrário, saiba que, por um motivo que eu desconheço, eu associo situações a sabores e vice-versa. Agora posso começar a falar o que eu pretendia.

Voltou a época de chuvas + frio. Eu gosto do sabor da chuva. Quer dizer, eu gostava bastante da chuva. Não de uma maneira internética. As pessoas adotaram a mania de idolatrar coisas como bacon, café e chuva na internet de um jeito estranho... Como se mostrar que gosta fosse mais importante que gostar. Mas o fato é que eu gostava MESMO de chuva. Imagino que esse "gostava" vai fazer você pensar que eu não gosto mais. Mas a verdade é que eu não tenho ideia.

Dias como esse, de chuva + frio, têm o mesmo gosto dos meses intermediários (3 - 10, eu acho) de 2011. Essa foi uma época da qual eu gostei muito. Antes de eu falar o porquê de eu ter gostado muito, vou fazer um parágrafo com o que eu acho sobre "esperança".

Muitos acreditam que a esperança é uma maldição e causa do sofrimento humano porque ela é inútil e muitas vezes leva você a expectativas não realizadas. Isso até está certo, mas apenas em parte, eu acho. Imagine um caso em que você tenha muita esperança de que determinda coisa grandiosa aconteça a você, mas não acontece. Sim, é uma grande decepção quando essa coisa não acontece. Uma tristeza imensa, mas é uma tristeza que não apaga o fato de que você passou um dia ou vários meses feliz porque achou que algo legal ia acontecer. Sabe, na hora em que a decepção chega, você nem percebe que teve momentos maravilhosos por ter se apegado à esperança, mas esses momentos existiram... Eeeee... Também tem a possibilidade de você esperar que alguma coisa aconteça E ELA REALMENTE ACONTECER! É por isso que sou adepto e recomendo o uso moderado e calculado de esperança. Ela pode te fazer bem.[ENQUANTO EU ESCREVIA ESSE TRECHO, A STÉFANE TUITOU UM LINK PRA UM VÍDEO COM A MÚSICA "IF WE HOLD ON TOGETHER" E ISSO ESTÁ TOTALMENTE INCLUSO NO PERÍODO DE 2011 SOBRE O QUAL EU ESTOU FALANDO]

Voltando ao assunto principal, essa época mencionada de 2011 foi muito legal pra mim porque eu tinha grandes expectativas quanto a várias coisas. Muitas não aconteceram ou aconteceram de uma forma diferente da que eu queria, mas tive momentos esperançosos. Não estou querendo dizer que não tive esperança em relação a mais nada depois disso, mas os de 2011 foram realmente legais para mim. Além disso, foi o período em que passei a maior parte do tempo com a maior parte dos amigos que eu tinha (ainda sou amigo de todos eles, mas conversamos menos).

Estou com uma sensação estranha nos últimos dias. Esses são os dias da volta da chuva + frio com sabor de 03-11/2011. A sensação é estranha porque o sabor está aí, mas as situações são diferentes... É como se eu soubesse exatamente o que está para acontecer e ao mesmo tempo não soubesse.

Você querer escrever alguma coisa, querer pegar um copo d'água, pegar um agasalho ou qualquer coisa que ocupe sua mente é ter um objetivo. Objetivos podem ser essas coisas pequenas e insignificantes ou coisas grandiosas mesmo que vão repercutir por um tempo considerável na sua vida. Quando você tem objetivos, você faz coisas, e quando você faz coisas, coisas acontecem a você. Elas podem ser bem legais. Estou falando isso porque estou lembrando das coisas legais de 03-11/2011 e quero que coisas como aquelas aconteçam novamente. Como disse ali em cima sobre a esperança, não estou dizendo que não tive momentos legais depois do período em questão. É só que os últimos dias ou semanas estão me fazendo lembrar deles, especificamente, com carinho.

É bem por aí. Estou escrevendo isso porque eu acabei de fazer todos os exercícios que os professores do cursinho passaram e eu estava a fim de ocupar minha mente, ou seja, ter algum objetivo (apesar de o Objetivo não ser meu cursinho).

Se eu não ocupar minha mente, não vai acontecer nada. E se não acontecer nada, não vai acontecer nada legal. E se não acontecer nada legal, eu me sinto vazio.

Comecei a escrever isso aqui me sentindo fine e acabei me sentindo um pouco mais fyne.

Pensei em finalizar esse post com a tal If We Hold On Together, mas escolhi outra música que me faz lembrar da mesma época. Nada específico em relação à letra ou melodia ou sei lá. Mas eu ouvia bastante.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Republicação: O Mensageiro da Janela Ao Vivo

Hoje é o fim do MSN. Em homenagem a ele, republico um post que escrevi há um bom tempo em outro blog. Espero que gostem.
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"O MSN Messenger é uma coisa bem interessante. A começar pelo fato de que se chama Windows Live Messenger há um bom tempo e todos continuam chamando de MSN.

Outra coisa estranha é que deveríamos chamá-lo de Messenger, e não de MSN (ou de Windows Live, se estivéssemos errando da maneira certa). Se bem que todo mundo fala Bom Bril ao invés de palha de aço e ninguém liga.

Não estranhem o fato de eu estar reclamando de alguma coisa. São quase 2 da manhã e estou com um pouco de sono. Costumo ficar meio chato com sono.
Acho que nem estou reclamando de verdade.
Vamos parar com essas reclamações e vamos direto ao que me veio à mente quando resolvi postar isso aqui: STATUS.

Lembram dos Status antigos do MSN? Em horário de almoço, trabalhando etc. Atualmente só temos disponível, indisponível, ausente e ocupado. É aí que eu penso no que cada um significa. Vamos ver.

Disponível: Disponível
Indisponível: Não estou aqui, mas você pode me mandar uma mensagem que eu verei quando chegar.
Ocupado: Nem dá para responder, mas se for muito importante você pode falar e eu vou ver a mensagem.
Ausente: Não estou, mas deixei o MSN aberto porque se você tiver algo importante para comunicar eu vou poder ver a mensagem quando voltar.

Vocês perceberam? Esses Status do MSN são meio inúteis. Você pode mandar o que quiser para quem você quiser a qualquer hora. Qual é a diferença? Eu sei que se a pessoa está ausente ela não vai poder responder na hora, mas se ela não quiser responder ela também vai poder ignorar.

Olha que beleza. Acabei de escrever um post que não leva nada a lugar algum.

Alguém ainda lembra do ICQ?"


Originalmente publicado no dia 10/11/2011 __________________________________

domingo, 10 de março de 2013

Adagas Enferrujadas

A invenção mais perfeita do universo é o tempo. Antes de ele surgir, as coisas eram tão estranhas que nem havia um "antes". Sem o tempo, tudo é perfeito de maneira estática e imutável. A existência se torna chata e previsível. Com o tempo, tudo envelhece e está sempre diferente. Envelhecer não é ruim. Envelhecer é o que garante que tudo esteja um pouco diferente a cada instante. O tempo é o que torna tudo perfeitamente imperfeito.
Que raiva! Não consegui.
O tempo é um dos vários pilares da vida, da existência, do universo. Ele surge em um ponto (um ponto de nada, apenas um ponto que está lá) e se espalha para todos os cantos, espalhando a inegável beleza de que tudo vai se renovar e ser diferente. Eternamente fadado a ter um fim. Graças a ele, todas as alegrias chegam a um fim, mas todas as tristezas também acabam. Você apenas fica torcendo para que ele lhe reserve mais alegrias do que tristezas. Sim, é inegável. Ele é mesmo perfeito...
Eu tentei, mas não consegui.
Poucos conhecem esse tal ponto de onde o tempo se espalha. Ele sai de uma fonte inesgotável de energia espaço-temporal. Alguns chamam essa fonte de Asa do Tempo, mas a maioria dos seres que habita o universo nem se dá ao trabalho de encontrar um nome para a coisa de onde o tempo sai. Na verdade, nem param pra pensar que o tempo sai de algum lugar. Se ele se preocupa com isso? Não. Ele simplesmente cumpre sua função e está lá... o tempo todo. Sempe funcionando.
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Sobre a Asa do Tempo, poucos (poucos mesmo) sabem como ela é. A maioria dos que sabem de sua existência passam boa parte da vida tentando imaginar como ela é. Qual é o tamanho dela? Ela é realmente uma asa? Ela se mexe? É quente? É fria? As dúvidas são irritantes e também são divertidas.
Mas é claro que algo tão genial e magnífico pode ser manipulado. Sim... Alguns (poucos, se você considerar o tamanho do universo) já conseguiram (ou estão conseguindo... ou vão conseguir) manipular o tempo. Não de maneira tão complexa, mesmo que pareça complicada para esses manipuladores. Alguns usaram (usam, usarão) para o mal, outros têm boas intenções... e alguns têm intenções estranhas demais para se julgar em classificações tão simples como bem e mal.
Me parte o coração pensar que
Essas ações não chegam a ser problemáticas porque o universo é muito grande. Grande mesmo. Mais enorme do que você pode imaginar.
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Manipular o tempo só poderia ser perigoso para o universo se isso fosse feito com a ajuda de uma ferramenta poderosa... como a Asa do Tempo. Toda vez que você imagina, você usa energia espaço-temporal. Com a criatividade, pessoas criam universos inteiros dentro da própria mente. Aquele que imagina é maior do lado de dentro. Mas com a Asa do Tempo, isso toma proporções colossais. Toda a energia espaço-temporal fica a sua disposição. Dessa forma, um é capaz de moldar a realidade inteira apenas com o pensamento. Pra quê querer dominar o mundo onde se vive quando se pode recriar a realidade?
Eu tinnha planejado mais mensagem escondida
Esse é o ponto. O ponto onde a Asa do Tempo está. Lugar visado, não? O universo deveria escondê-lo onde ninguém teria vontade de ir. Algum canto do universo que só possuísse planetas inabitáveis ou estrelas prestes a se explodirem.... Mas não. Ele fica em um planeta habitável (habitável até demais), até porque, se não fosse, como viveriam os animais selvagens e feras temíveis que rodeiam o Templo do Tempo? É claro que esses animais selvagens e feras temíveis não são os únicos defensores do tempo. Dentro desse templo, após labirintos e enigmas mortais, no salão onde jaz a Asa do Tempo, há 7 guardiões. É dito que suas armaduras são feitas de ligas dos 17 metais mais raros do universo. A mesma liga é a que forma o gume de suas adagas.
Mas desisti da ideia porque não entenderiam
Mas tão próximos ao ponto, os guardiões são expostos a energia demais. Seu código de honra e conduta os impede de usar essa energia para uso próprio. Sim, é quase infinitamente difícil chegar ao ponto, mas não é impossível. É assustadora a ideia de que a realidade pode estar por um triz e que temos apenas que confiar na sorte e na habilidade dos guardiões com suas adagas enferrujadas.
As paranoias voltaram. Desculpem-me.
É por isso que dizem que se deve aproveitar o momento. A qualquer instante, o tempo pode ser roubado e reescrito.