domingo, 8 de maio de 2022

Sentimentos confusos e mensagens respondidas

E numa reviravolta absurda, venho aqui pra escrever alguma coisa apenas um dia depois de ter publicado um texto, dessa vez complementando e contando um pouco mais do que aconteceu nos últimos dias. No momento, estou quase saindo do sentimento de raiva, e estou registrando isso aqui para que, entre vários motivos, um dia eu possa lembrar desse fim de semana, quando nada disso aqui mais importar, e só dar risada de como fui azarado. Ou sortudo.

Primeiramente, sobre a declaração inesperada que eu mencionei na publicação anterior, não foi exatamente uma declaração e sim um convite para um encontro sem compromisso, e eu finalmente respondi. Infelizmente, caso alguém aí estivesse torcendo pelo sucesso de um casal cuja integrante além de mim vocês não conhecem, eu a dispensei, pelo simples fato de que eu passei os últimos 2 anos acreditando ser incapaz de sentir amor por alguém de novo algum dia da minha vida. Ela queria que fosse sem compromisso, mas a não-exigência de compromisso não denota ausência de pretensão, e haveria sim a pretensão de qualquer tipo de troca afetiva, fosse como um casal sério ou apenas dois ficantes, coisa que eu não sei fazer. Até o momento atual da minha vida, nunca tive vontade de investir numa relação interpessoal que não envolvesse algum sentimento mais forte, e como não ando me sentindo capaz de amar, não gostaria de forçar a moça a encontrar uma pessoa apática e frígida. Propus que pudéssemos ser amigos e ela achou isso legal.

Depois de relatar alguma coisa de maneira direta pela primeira vez nesse blog, vamos ao relato das coisas que ocorreram em comparação às coisas que não ocorreram nesse último final de semana. Eu havia me planejado pra ir numa festa que reviveria os tempos emo com a minha amiga que mora em João Pessoa. Não sou dado a festas, mas sou dado à música e gosto da companhia da minha amiga, mesmo que nos vejamos pessoalmente tão pouco. Eu também conheceria os amigos dela que organizaram a festa, e isso seria legal para todos, acredito. Infelizmente, como estou com a covid-19, não pude ir, e só vendi meu ingresso para outra amiga da minha amiga e ninguém deveria ter saído perdendo.

Se eu estivesse lá. sabendo que, como eu disse, não sou dado a festas, minha amiga e eu teríamos saído mais cedo, quando a festa ainda estava divertida. Como eu não estava lá, ela presenciou desilusões amorosas e bebedeiras além da conta por parte dos amigos, que tiveram que contar com a única pessoa sóbria restante no grupo (minha amiga) para cuidar deles até o Airbnb onde o grupo estava hospedado, e onde as desventuras continuaram de maneira tragicômica. E não. Não vou relatar aqui exatamente o que aconteceu com eles porque acho inadequado, e porque eu só ouvi as histórias, não presenciei. 

Se eu não estivesse doente, eu teria ido, minha amiga teria saído mais cedo comigo e ela não precisaria passar pelo transtorno de presenciar tanta bagunça e caos. Se ela não estivesse lá, entretanto, os amigos dela não teriam apoio nem auxílio. Impossível calcular se minha presença, além de acarretar na saída antecipada da minha amiga, poderia ter interferido positivamente ou negativamente no caos que se sucedeu. 

O tempo continua passando para frente e eu ainda não sei lidar com amor, mas em poucos dias já tenho minhas dúvidas quanto a inexistência de tal sentimento dentro de mim.

E apenas para não ficar nesse lenga lenga de reclamação sobre estar doente e não ir a uma festa, também queria contar aqui que existe uma chance de eu voltar a trabalhar na empresa na qual eu trabalhei durante muitos anos e parei de trabalhar por questões mais fortes, mas isso é outra história.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Sentimentos ruins e mensagens a responder

No auge da pandemia de covid-19, eu tive dengue. Não foi nem um pouco agradável, e poder fazer a piada de que eu gosto de ser diferentão foi o único ponto positivo desse momento. Fora isso, foi apenas o sentimento de exaustão que esteve ao meu lado, além do meu pai, claro, que também esteve exausto porque foi infectado com dengue na mesma semana.

Sobre exaustão, e voltando ao presente, em que a pandemia está quase controlada, o pessoal do meu trabalho achou que seria melhor que eu trabalhasse um pouco menos, porque meu horário excessivo de trabalho já estava me afetando quase como fui afetado nos longínquos e estranhos tempos de 2014 a 2017, que dependendo da referência, não estão tão distantes assim de mim, mas que me parecem eras atrás. Os primeiros dias foram interessantes, pois me sobrou tempo para descansar e até mesmo para adiantar trabalho que outrora eu faria aos finais de semana. Isso felizmente coincidiu com um momento da minha vida em que eu recebi muita atenção por conta, claro, de trabalhos legais que eu fiz. Atenção faz tão bem quanto descanso, afinal. 

Mas para meu azar, e como numa manifestação ainda mais ridícula de como gosto de ir na contramão, agora que a pandemia de covid-19 está quase controlada, fui infectado com a tal covid-19. Tenho respeito por sentimentos negativos como medo e ódio. Acho que eles são úteis para nos manter vivos e para nos fazer seguir adiante, mesmo que devam ser abraçados com parcimônia. Infelizmente, pegar covid-19 neste final de semana me deixou triste, e quanto à tristeza eu não sei o que fazer. A única coisa que a tristeza causa em mim é a vontade de escrever, mesmo que eu já tenha escrito coisas quando não estava triste. Então a figura hipotética que talvez possa ler esse blog pode ter a agradecer à minha tristeza.

Além de não saber o que fazer com a tristeza, não sei o que fazer em relação a algumas mensagens que recebo eventualmente. Deixei passar aniversários de amigos, não respondi a declarações bem inesperadas... Talvez eu não saiba lidar com coisas positivas também.

Amor e tristeza são mais úteis que medo e ódio, mas me causam mais estranhamento.

Estou ansioso pelo dia em que vou ter aprendido um pouco mais sobre esses sentimentos e vou poder escrever sobre isso por aqui.