domingo, 28 de outubro de 2012

Licence to Watch

Faz tempo que eu não escrevo nada aqui e tem um monte de coisa que eu gostaria de escrever como, por exemplo, um post sobre Jurassic Park ou continuar Costelas da Honra e deixar terreno para uma sequência, mas nunca dá tempo ou nunca estou com paciência ou até mesmo criatividade. Vou tentar com muita dedicação passar no vestibular e, no curto período que separa a última prova do início das aulas, vou ver se escrevo mais aqui. Entretanto, vi Skyfall ontem (como você deve saber, já que, se está aqui, é porque viu isso no Twitter, e se viu no Twitter me viu explodindo de emoção pelo filme) e fiquei com vontade de escrever uma coisa aqui que é bem simples e nem requer muito tempo e disposição. Essa é uma ordem que eu acho muito legal para os filmes do James Bond e acho que deixa as coisas com bastante sentido:

  1. 007 - Cassino Royale
  2. 007 - Quantum of (blergh) Solace
  3. 007 contra GoldenEye
  4. 007 - O Amanhã Nunca Morre
  5. 007 - O Mundo Não É O Bastante
  6. 007 - Um Novo Dia Para (blergh) Morrer
  7. 007 - Operação Skyfall
  8. 007 contra O Satânico Dr. No
  9. Moscou contra 007 
  10. 007 contra Goldfinger
  11. 007 contra a Chantagem Atômica
  12. Com 007 Só Se Vive Duas Vezes
  13. 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade
  14. 007 - Os Diamantes São Eternos
  15. Com 007 Viva e Deixe Morrer
  16. 007 contra O Homem com A Pistola de Ouro
  17. 007 - O Espião que Me Amava
  18. 007 contra O Foguete (blergh) da Morte
  19. 007 - Somente para Seus Olhos
  20. 007 contra Octopussy
  21. 007 Na Mira dos Assassinos
  22. 007 - Marcado para A Morte
  23. 007 - Permissão Para Matar
Peço que me perdoem se eu errei a regra gramatical quanto a letras maiúsculas no título. Eu tenho dificuldade em concluir textos, então... eu concluo dizendo que velociraptores gostam de pular sobre obstáculos e

Eu

Gosto

de

Pular

Linhas

Until plus see

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Meu Céu e Meu Inferno

É muito mais fácil um ateu gente boa entrar no céu do que um cristão mau-caráter.

Essa frase é engraçada. E eu concordo com ela. Sou cristão e tenho muitos amigos que tem fé diferente (eu expliquei aqui como eu diferencio fé de religião, mas leia depois que acabar esse post) da minha ou nenhuma fé. Às vezes me pergunto se esses amigos acham que eu penso algo ruim deles só porque eles veem as coisas de maneira diferente.

Em suma, temo que meus amigos pensem que eu acho que eles vão para o inferno porque eu sou cristão e eles não.

Só porque uma coisa funciona bem numa determinda circunstância, não quer dizer que ela vai funcionar bem em outra circunstância. Não posso ser hipócrita e pensar que uma pessoa não tem bons e fortes valores morais apenas porque não concorda comigo em algo.

Se eu quisesse que todos concordassem comigo, meu mundo ideal seria um mundo povoado por androides replicantes de minha pessoa. Até parece lega.... Não. Ia ser bizarro. Ia ser chato. Ia ser esquisito pacas. Se você pensa num mundo assim (substituindo a mim por você, é claro), você deve ser meio problemático.

Eu acredito em céu e em inferno e, para mim eles se definem da seguinte forma:
  • Céu: para onde vão as pessoas boas depois que elas morrerem
  • Inferno: para onde vão as pessoas más depois que elas morrerem
Essas definições são tão simples que chegam a soar infantis, mas delas eu posso tirar a conclusão de que TODA PESSOA BOA vai para o céu (tão simples que eu praticamente copiei). Se você é meu amigo (é claro que é, caso contrário não estaria lendo isso aqui) não pense que eu te imagino no inferno durante seu pós-vida. Eu não faria questão de ser seu amigo se você fosse uma pessoa assim.

Na minha opinião, se você é uma pessoa legal (não vou definir "legal", porque vocês devem ter uma ideia do que eu considero como pessoa "legal) eu acredito que você vai estar no céu quando morrer. E eu gosto de ser seu amigo. Gosto de ser amigo de pessoas legais, independendo de elas chamarem "aquilo que manda na existência" de Jeová, Brahma, Alá (eu sei que Jeová e Alá são o mesmo Deus, mas os conflitos religiosos me dão a impressão de que as outras pessoas esquecem disso) ou simplesmente de ciência. Torço para que você não ligue para o que eu vou dizer se você não acreditar nessas coisas: espero que nos encontremos no céu depois que morrermos.

Se você não acredita nisso, pelo menos fique feliz por saber que eu te desejo a melhor coisa que eu posso imaginar e acreditar.

Dito isso, fiquem com uma música. A música não tem nada a ver com o assunto, mas eu gosto e quis colocá-la aqui, então divirtam-se (ou não).


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Costelas da Honra - Capítulo 4

Com Boas Intenções

Um homem  vestindo um sobretudo nada usual para o sol quente entrava na concessionária Dijave (Distribuidora Jacareí de Veículos). A única coisa estranha nele era a gola que cobria o rosto, ou pelo menos era isso que todas as pessoas normais pensavam....

No topo do supermercado A Mais que ficava em uma rua próxima à Dijave estava o incompreendido herói Navalha, entretanto, sem segurar a tradicional navalha. A arma branca estava guardada em um dos compartimentos de seu traje de kevlar pintado de branco (para o trabalho do dia, era necessário usar um traje mais claro do que o edifício). O homem de sobretudo era na verdade O Biriba Atômica e Navalha estava disposto a acabar com sua vida bandida agora mesmo.

Devido a um acordo com a promotoria, Biriba havia conseguido se livrar de suas acusações, entretanto Navalha tinha certeza de que o meliante tentaria mais algum ataque a pessoas inocentes. E lá estava. Após 2 semanas de observação Navalha conseguiu descobrir que a mente doentia e explosiva iria aproveitar um ambiente cheio de carros e atingir o maior número de vítimas possível. A concessionária estava cheia! Época de IPI reduzido! Todos queriam voltar para casa de carro novo, mas não imaginavam que a compra teria um pouco mais de emoção.

Navalha havia se posicionado num lugar alto e a mira de seu rifle de alta-precisão apontava para a nuca de Biriba. O atirador estava acostumado a esse tipo de trabalho, mas sempre ficava nervoso no momento de puxar o gatilho. Preferia muito mais combate com facas. Não quis esperar com medo de que Biriba explodisse tudo, por isso puxou o gatilho. O projétil viajou rapidamente até bem próximo de Biriba.

Era do conhecimento de Navalha que o homem misterioso era Biriba Atômica. Era do conhecimento de Navalha que ele era capaz de explodir qualquer coisa. E era do conhecimento de Navalha que muitos inocentes poderiam se ferir caso Biriba não fosse "inutilizado". O que Navalha não sabia era que Biriba conseguia detectar mudanças bruscas de temperatura ao seu redor com rapidez impressionante. E essa foi a falha. Assim que pressentiu a bala fervendo se aproximar, Biriba soltou uma rajada atômica e certeira nela, fazendo com que derretesse. Navalha foi capaz de ver o sorriso doentio no rosto do malfeitor um exato segundo antes de ele soltar uma rajada muito mais poderosa na direção dos carros. Entretanto, assim que o primeiro carro foi atingido, as pessoas próximas levitaram no ar devido a uma forte ventania guiada por uma espécie de poeira. Sim! Não era uma poeira qualquer! ERA FARELO DE PÃO! Foi nesta hora que Lady Chispita surgiu com sua armadura de casca de pão francês e pronunciou:

- Tremei, ó vilão! Não farás tuas maldades enquanto eu estiver por perto!
- Isso é o que você pensa HAHAHAHAHAH - respondeu Biriba Atômica antes de soltar uma rajada na direção de Lady Chispita.

Nesse momento, um escudo de doce de leite surgiu como um pequeno muro na frente de Lady Chispita, protegendo-a de qualquer injúria. Era o Super-Churros que se aproximava. O encapado pousou calmamente. A máscara que usava deixava à mostra seu olhar imponente e seu cavanhaque emblemático. Posicionou as mãos de maneira que pudesse conjurar mais doce de leite mágico.

EBBEN IFFEN VEITTE! STRATIUS DOCE DE LEITE!

O delicioso doce surgiu no ar e começou a envolver Biriba Atômica. Assim que somente a cabeça de Biriba estava exposta, o doce endureçou e o aprisionou. Super-Churros precisava ficar concentrado para que Biriba não derretesse o doce.

- O que pretendia fazer aqui, maldito? - logo foi interrogando Super-Churros.
- Eu só estava me defendendo! - começou a arranjar desculpas o senhor B. A. - Eu seria atingido por tiro!
- Mas do que está falando? - indagou Super-Churros pouco antes de olhar pra trás e ver Navalha fugindo.

Logo que viu à distância o anti-herói correndo em seu kevlar, Super-Churros perdeu a concentração e Biriba conseguiu se soltar! Lady Chispita alçou voo e foi atrás de Navalha enquanto Super-Churros lidava com Biriba. Para sorte do feiticeiro, uma figura veloz, forte e poderosa acertou um chute na nuca do explosivo vilão antes que ele fizesse qualquer outra maldade. Um pouco esbaforido, em parte por ter corrido da lanchonete do Tião até à Dijave e em parte por ter colocado muita força no chute, Capitão Jacareí olhou para Super-Churros e disse:

- Me desculpe se estou atrapalhando algo, mas ouvi gritos então resolvi ajudar.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Costelas da Honra - Capítulo 3

IGUAL?

Estava próximo das duas da tarde, e um homem que parecia um mendigo se arrastava por uma rua daquilo que estavam chamando de Jacareí. Em outro lugar e em outra época, qualquer um reconheceria que aquele com o traje metalizado e de brilho amarelado era o Capitão Jacareí, principalmente com aquele "J" desenhado sobre o triângulo azul no peito. Mal sabia ele onde estava. Nem "quando" estava.

Apenas duas palavras ecoavam na mente do Capitão: BISCOITOS JACAREÍ.

Que lugar assustador era aquele? E o que aquele ancião quis dizer? Quem estava insano? Seus pensamentos se distraíram quando sentiu um cheiro muito bom. Era algo que não sabia descrever, e ao mesmo tempo conhecia. Se aproximou de um estabelecimento de esquina e forçou a vista cansada para ler o letreiro que dizia "Frango do Tião". Por um breve momento pensou em pedir um pedaço, por menor que fosse, de um dos frangos que rodava no forno, mas que honra haveria nisso?

Por sorte, o proprietário do estabelecimento, provavelmente um Tião, demonstrou ter honra também, e ofereceu uma coxa ao pobre homem que se arrastava. O Capitão ficou até um pouco espantado com tamanha generosidade sem que houvesse dívida alguma entre as partes. Aquele ambiente inóspito e hostil poderia mesmo oferecer algo de bom? Haveria um oásis naquele deserto de virtudes? Haveria açúcar no mais seco dos bolos? Ele teve muito pouco tempo para pensar no assunto, porque assim que engoliu o primeiro naco retirado com desespero da coxa, poder desceu de seu encéfalo para a espinha, e de lá se espalhou para todo o corpo. O traje começou a reluzir novamente, e os olhos do Capitão passaram a refletir disposição! 

Entretanto, nesse momento de regozijo, algo de estranho parecia soar no ar. Gritos de desespero vinham de 1 quilômetro de distância dali. Não havia do que reclamar, não encontrara os biscoitos, mas o frango assado do Tião serviu bem. O Capitão Jacareí estava pronto para a ação. Sem saber exatamente como agradecer, se virou para Tião dizendo:

- Toda bondade será recompensada, nobre cidadão!

Tião ficou embasbacado ao ver aquele misterioso homem sair correndo numa velocidade absurda em direção a algo que era um mistério.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A Moda Nerd

Não é segredo pra ninguém que ser nerd virou modinha de uns tempos pra cá. Não sei qual foi o motivo disso, mas parei pra pensar nas consequências.

Não sei se você, nerd de verdade que está lendo isso concorda comigo, mas eu me sentia bem mal em admitir o quanto era nerd desde sempre. Parece frescura, e por mais que digam que não é necessário se preocupar com o que os outros pensam de você, era impossível não perceber as outras crianças na escola me olhando esquisito toda vez que eu pegava um gibi do Íncrivel Hulk pra ler no recreio. Se fosse da Turma da Mônica era capaz de eles nem ligarem (pelo menos até a 6ª série, quando os moleques começam a pensar que são adultos :P). Também não era a melhor pessoa quando o assunto era futebol. Não é que eu não me interessasse ao todo pelo assunto. Eu apenas não conseguia acumular tanto conhecimento sobre o esporte e tampouco ter alguma habilidade notável nele. Havia várias outras diferenças, como o gosto musical.

Depois que começou a modinha nerd, eu pude parar de me preocupar com isso. Ninguém nem me olhava mais estranho pelo fato de eu ler quadrinhos e livros (Afinal, antes da modinha, não parecia fazer muito sentido ler... coisa de gente burra, ou sei lá o que pensavam de mim). As pessoas até passaram a se interessar por gostos mais próximos dos meus. Pelo menos eu tinha gente pra conversar comigo sobre as coisas que eu gosto.

Na verdade só fui ter mesmo amigos realmente parecidos comigo de verdade mesmo MESMO no ensino médio. As pessoas com quem eu me relacionei mais fortemente, com raras exceções, eram mais parecidas comigo na essência e consideravelmente nerds. O curioso é que a nerdice desses amigos independia dos gostos-padrão nerd que são manjados pra todo mundo. O que mais tínhamos em comum era o fato de termos sido considerados realmente bobocas nos anos anteriores. Mal sabem as pessoas que nos consideravam bobocas o que pensamos das atitudes e estilos de vida deles.

Quero deixar bem claro que não sou contra a popularização das coisas que eu faço e gosto. Quem pensa assim não é nada mais nada menos do que um completo idiota. Sou contra a banalização das coisas que eu gosto. Vou dar um exemplo pra ficar mais claro: Memes.

É claro que eu achava engraçadas as tirinhas de memes. Qual é o problema disso? Aí elas se popularizaram, principalmente no Facebook. Tudo bem, não sou egoísta. Então veio o problema. As pessoas começaram a colocar memes em qualquer coisa! QUALQUER COISA! Começaram a usar memes de maneiras totalmente sem noção! Misturam memes que não têm nada a ver, colocam memes referentes a um tipo de piada específico em piadas sem relação... Mó bagunça. É isso. Não sou contra a popularização. Apenas contra a banalização de coisas legais.

O ponto é que, se eu assisto a um filme de guerra, eu não viro soldado. ENTÃO POR QUE CAZZO AS PESSOAS ACHAM QUE PRA VIRAR NERD É SÓ VER THE BIG BANG THEORY?

É. Eu parei de me preocupar com o que as pessoas pensam de mim que sou nerd porque sei que elas, raramente, veem algo de negativo nisso, já que está na "moda" ¬¬', mas agora qualquer um sai por aí falando BASIMGA e 42 e acha que é nerd. E tem mais um monte de gente que, cansada desse babaquice de moda de qualquer coisa, inclusive a moda nerd, diz que não é nerd.

Chamo a atenção para o fato de que 83% das pessoas que dizem que não são nerds pra não correrem o risco de serem incluídas nos modistas, é mais nerd do que os modistas.

(Nem sei se essa palavra existe mesmo)

(Nem sei porque escrevi isso. Acho que fiquei meio revoltado com umas meninas que sentam na minha frente na aula e ficam o tempo todo "Ah, eu sou muito nerdinha hur dur")
É. Eu continuo gostando de pular linhas.

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Ok. Prometo que em breve sai o capítulo 3 de Costelas da Honra. Aqui vai o teaser:

 Preso numa Jacareí sem liberdade e sem biscoitos, o Capitão Jacareí vai ter que encontrar o seu lugar num lugar desconhecido.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Costelas da Honra - Capítulo 2

AS BADALADAS MAIS DISTANTES

Jacareí - Universo 17
O céu estava azul e límpido. Os pássaros cantavam com alegria. O sol iluminava e deixa as ruas e paredes da cidade brilhantes ao refletirem sua luz. A brisa suave amenizava o calor. As manchetes dos jornais do Vale do Paraíba de 08/06/2050 exaltavam o casamento de ninguém menos do que o herói, a lenda, O Capitão Jacareí.
A cidade inteira estava reunida na praça da Matriz. Sortudos foram os que conseguiram entrar na igreja para ver de perto a cerimônia.
Pensamentos de tranquilidade e serenidade preenchiam a mente do Capitão. Era uma época perfeita. Ele e todos os outros heróis do Vale do Paraíba haviam limpado a região. Era a parte menos violenta do estado de São Paulo. A felicidade pairava sobre todos. A melhor maneira de descrever a época e o local é: Liberdade e Biscoitos.
É impossível não estar satisfeito com a possibilidade de pensar o que quiser, expressar a opinião e ainda poder discutir pacificamente comendo os famosos Biscoitos Jacareí.
Os Biscoitos Jacareí existiam há muito tempo, e eram a marca registrada da região. Sempre fizeram sucesso, mas em 2050 haviam atingido o apogeu.
Outra coisa que deixava o Capitão feliz era o fato de a criminalidade ter caído tanto que ele não precisava mais esconder sua real identidade. Sua belíssima esposa e seus idosos pais estariam seguros mesmo com todos sabendo onde ele morava e que seu nome verdadeiro era...

- ...se alguém tiver algo contra esse matrimônio, que fale agora ou se cale para sempre!- disse enfaticamente o padre, que interrompeu o pensamento do noivo.

Imediatamente o Capitão se sentiu confuso. Por que logo aquela frase havia chamado a atenção? Quem teria algo contra esse casamento? Mas que bobagem.
Mesmo ciente de que era uma bobagem, um estranho frio na barriga tomou o herói. Não era um frio qualquer. Era a sensação de que estalactites de gelo cortavam sua existência!
Os bancos da igreja estavam estranhos. O padre estava estranho. A noiva estava estranha. Tudo estava estranho. Um mal-súbito devido ao nervosismo???
Nesse momento o Capitão percebeu que o padre não estava mais falando nada.

.
.
.

Uma piscada foi suficiente para que a dor de um choque de um relâmpago atingisse a espinha dele e o fizesse acordar num lugar muito estranho.

Era noite. Era fria. Era silenciosa. Era escura. O Capitão Jacareí acordou deitado no asfalto de uma rua que se parecia com algum lugar de Jacareí, mas não era a que ele conhecia. As construções pareciam antigas, do começo do século XXI. E para sua surpresa a roupa de noivo havia sumido! No lugar dela estava seu usual uniforme.
Apesar de estar vestido apropriadamente para um combate, suas forças pareciam ter se esvaido completamente. Não parecia uma boa ideia ficar fraco naquele ambiente potencialmente hostil. Eram necessários Biscoitos Jacareí para recuperá-lo. Andou freneticamente por minutos que pareciam horas até encontrar uma alma viva. Era um velhinho mal-encarado, que não parecia suficientemente sensato por estar na rua àquela hora da noite.

-Senhor, por favor, me ajude! - começou surpreendentemente desesperado o Capitão - Onde posso encontrar Biscoitos Jacareí?!?
-O que? - se espantou o ancião - Do que está falando??? Essa coisa empapada faliu há uns 40 anos!

Nem o mais poderoso dos gritos poderia aliviar a tensão que percorreu o corpo do Capitão Jacareí.

Costelas da Honra - Capítulo 1



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O PARQUE MEIA-LUA

Há algumas perguntas que devem ser feitas, e elas, às vezes, são tão importantes quanto as respostas. As duas perguntas necessárias nesse caso são "quando?" e "onde?". O ano é 2012 e o local é a cidade de Jacareí, SP, Brasil, no universo 161.

O silêncio da noite foi cortado pelo latido assustado de um cachorro que fora acordado com um esbarrão. Um vagabundo qualquer fugia de dois policiais pelas ruas do bairro Parque Meia-Lua. Esse qualquer se chamava João Rocha, mas ninguém se preocupava com ele. Era alto, forte e tinha uma aparência intimidante. Apesar disso, não era um dos criminosos mais perigosos da cidade e sua "carreira" se limitava a algumas carteiras vez ou outra. Só estava sendo perseguido porque a noite estava fria e os policiais precisavam se aquecer.

- De Souza! Dê a volta no quarteirão para pegá-lo! - gritou o policial inexperiente.

Assim que ouviu o grito, João sabia que não era uma das melhores ideias prosseguir no mesmo trajeto. Ele virou à esquerda num terreno baldio com o intuito de se esconder no meio do entulho. Os policiais ouviram um resmungo de dor, mas não encontraram o trombadinha que perseguiam. João esperou os homens da lei irem embora para tentar se esgueirar para fora do buraco no qual caíra. Assim que apoiou as mãos na borda do buraco, terra escorregou, e João teria ficado praguejando se não tivesse sido surpreendido por uma luz amarelada que emanou de uma estranha pedra incrustada no solo frágil.
Nesse tipo de situação, qualquer um pensaria um pouco se era seguro ou não pegar o objeto estranho nas mãos, mas a luz parecia hipnotizante, e João pegou a pedra. 
Um turbilhão passou por diante dos olhos dele, e ele se perguntou se aquilo era efeito de algum alucinógeno que não conhecia. Teve a sensação de dar voltas e voltas, como se meses tivessem passado em segundos. Vislumbrou o Sistema Solar e viu a Terra. Quando a viagem acabou, olhou para si mesmo e viu que não trajava mais suas roupas compradas com dinheiro roubado. Seu corpo agora estava coberto por um tecido que lhe era estranho. Tinha aspecto metálico e um brilho amarelado, tal qual a pedra. Uma máscara cobria a metade superior de seu rosto, dificultando o reconhecimento. Um grande triângulo azul cobria seu peito, e no centro do triângulo estava gravada uma meia-lua.
Todo aquele poder que passou na mente de João estava mais claro para ele agora.  João poderia conquistar Jacareí, e depois, o mundo.
Na verdade, não havia mais nenhum João Rocha ali. Sobrara apenas o temível Ultra Meia-Lua.

E uma nova pergunta se faz necessária: Quem irá detê-lo?

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Vocês acham que eu devo continuar? Porque eu estou com umas ideias bem legais aqui.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Desconstruído, não mexido

Esses dias a Netflix adicionou ao catálogo a série completa dos filmes do James Bond (só não conferi se colocaram Nunca Mais Outra Vez).



Como qualquer fã de verdade do 007, fiz questão de ver 3 no mesmo dia. Peguei 3 exemplos muito interessantes: O Satânico Dr. No (DN), Permissão Para Matar (LTK) e Cassino Royale (CR).

Em DN vemos aquilo que James Bond é o quase o tempo todo. O Bond Connery é racional, elegante focado no trabalho (com exceção da parte Stinsonística de não resistir a mulheres). Agora, em LTK, ele é diferente. Um traficante latino deixa seu bro Felix Leiter gravemente ferido e viúvo. As autoridades resolvem deixar por isso mesmo e James Bond sai em busca de vingança sem o aval do MI-6 e com sua permissão para matar cassada. Timothy Dalton interpreta um James Bond vingativo. E isso foi perfeito. Um vilão foi longe o suficiente para transformar o 007. Uma mudança plausível, interessante e bem executada.

Eis que vem CR.

Todo mundo ficou meio cabreiro quando foi anunciado que o novo James Bond ia ser o Daniel Craig. Onde já se viu um 007 loiro e fortão? Não faria sentido! Mas aí eu assisti CR e nem dei atenção ao fato de ele não ter o mesmo biótipo do personagem dos livros ou dos atores antecessores.

O que incomodou muitos fãs foram algumas características que mudaram no personagem: Ele corre que nem um macaco louco; ele não abre portas, apenas atravessa paredes; fica com vontade de vingar a morte da amada (no caso, Vesper Lynd); entre outras coisas e além.

Só que o que mais me agradou nesse filme foram essas mudanças. CR mostra a primeira missão de James Bond como um agente 00. Ele não é o James Bond que conhecemos, não age com a razão, esquece a elegância vez ou outra e coisas do tipo. O filme nem tem a abertura usual da gunbarrel da mesma maneira que os outros.

Só há um momento do filme em que é tocada a música tema clássica da série e é falado o bordão igualmente clássico de apresentação "Meu nome é Bond, James Bond" no filme todo.

Na última cena (é, tô nem aí se você viu o filme, vou mandar spoiler mesmo) 007 vai atrás do responsável por toda sua desgraça na trama. Nesse momento ele aparece num lugar extremamente quente vestindo um terno provavelmente quente. Quem liga? Ele não, ele está precocupado com elegência e não com conforto. Quando seu inimigo pergunta quem ele é, ele não hesita e se apresenta como James Bond faz.

O ponto é que no filme inteiro, ele não era o James Bond que conhecemos. Ele era só um cara qualquer que tinha recebido a promoção do MI6. Apenas depois de todas as experiências pelas quais passa durante o filme é que ele se torna o personagem que queríamos ver.

Assim como LTK, CR é um exemplo perfeito de desconstrução bem feita de um personagem. Tudo ali faz sentido. O filme não tem exageros, equilibra bem cenas de ação e cenas paradas, tem uma trama suficientemente simples de ser compreendida e suficientemente complexa para não parecer idiota.



É por isso que Cassino Royale é um dos meus filmes do 007 favoritos.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Polícia e Beijo

Eu apenas lembrei de uma coincidência bem interessante e resolvi compartilhar com vocês.

Tem uma banda que nunca se envolveu com nada de errado, tipo drogas, vandalismo, prostituição etc. É bem irônico porque me refiro ao The Police. Ó o nome da banda, sacam?


Há outra banda também meio que conhecida até chamada KISS que sempre deixou clara sua posição contra as drogas.

Tecnicamente são duas bandas politicamente corretas, mas o que me chama a atenção sobre elas é o fato de as duas terem:

  • Baixista que também é vocalista
  • Baixista/vocalista que era professor de inglês
Pronto. Isso só prova que falta assunto, mas vou deixar música pra vocês, caros 1,5 leitores.
Você deve estar achando que vou colocar Rock and Roll All Nite e Every Breath You Take, né?






Senti falta de escrever idiotice em branco.
Prometo que quando eu for na Comix dou um review supimposo sobre tudo que eu comprar.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Jogo dos Sete Erros 7/?

Eu gosto de comparar versões diferentes da mesma música. Não gostou vem me bater.
Hoje eu vou mostrar a original de While My Guitar Gently Weeps e a versão do Peter Frampton.



domingo, 11 de março de 2012

Você vai pro chão, e então, levanta outra vez

No começo do ano meu pai se cadastrou no Netflix {Não sei se é uma palavra masculina ou feminina [Masculina é uma palavra feminina (Linguagem escrita e linguagem matemática... Tá, parei)]}. Vi um monte de coisa legal lá, mas algo que me chamou a atenção foi BeyBlade.

Eu adorava assistir BeyBlade quando era pequeno. Quando era pequeno.

Resolvi ver o primeiro episódio só para lembrar como era e me divertir da maneira que eu me divertia quando tinha 9 anos, mas resolvi não ver o resto porque aquilo não parecia ter mais graça nenhuma e eu não pretendia estragar minha não tão distante infância.

(As pessoas atualmente estão com mania de zoar que são velhas, né? Ficam pondo fotos de alguma coisa de uns 5 anos atrás com legendas do tipo "Se você lembra disso você está ficando velho". Quero ver quando a artrite chegar...)

O desenho que eu vi era bem diferente do que eu assistia quando era menor. Vou falar do que eu via.

O BeyBlade que eu assistia era um desenho no qual a mais trivial brincadeira de crianças e adolescentes se tornava um esporte de proporções cósmicas. Esse ano foi "Aff, saem dragões dos piões" e antigamente era "VÉI, SAEM DRAGÕES DOS PIÕES".

Não adianta negar, tem coisas que são mais legais quando somos pequenos. A sorte é que também tem coisas que ficam apenas melhores conforme o tempo passa. Quer um exemplo? Filmes da Pixar.

Enfim, não assisti mais BeyBlade para não estragar a coisa, mas a minha irmã não se incomodou e está assistindo A Usurpadora.

Let it rip.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Um escritor e sua musa combatendo o crime

Há dois tipos de pessoas que param pra pensar em maneiras de matar pessoas: psicopatas e escritores de mistério. Richard Castle é o tipo que ganha mais dinheiro.

Algumas mortes começam a ocorrer da mesma maneira que ocorrem em alguns livros do autor de romances policiais Richard Castle (Nathan Fillion). Por isso ele é chamado para ajudar a investigar ao lado de uma equipe de detetives liderados por Kate Beckett (Stana Katic). A princípio ela não gosta muito e tenta esconder o fato de ser fã do Castle porque o considera muito prepotente. Só que depois que o caso é resolvido, graças à amizade de Rick com o prefeito de Nova York, é dada a permissão para que ele permaneça acompanhando Beckett e os outros detetives como pesquisa para futuros livros.



Tá bom. Vou parar com essa coisa de sinopse. Parece que eu copiei de algum lugar, mas não copiei, não.

Eu não consigo definir se essa série é um drama policial ou uma comédia... Ou um romance. Eu só sei que é muito legal. Não consigo assistir sem me divertir. A cada temporada que passa, as coisas ficam melhores. Todos os personagens são carismáticos: O Castle, a Beckett, a filha do Castle, a mãe dele, os detetives Ryan e Esposito, a legista Lanie etc.

Depois de um tempo, o Castle realmente começa a publicar os livros baseados nas experiências de convivência com os outros personagens. A detetive Beckett se torna, nos livros, a implacável Nikki Heat.

O mais interessante é o fato de esses livros serem realmente pulicados na vida real (da realeza). Isso mesmo. Eles são publicados.

Temos Heat Wave, Heat Rises, Naked Heat, A Deadly Storm, Storm Fall, entre outros. O problema é que eles não são vendidos no Brasil. :p (Mas dá pra comprar pelo Amazon)

O fim de cada temporada é melhor e mais eletrizante do que o fim da anterior. Muitos episódios possuem referências divertidas de serem notadas.

Está tarde e eu acordei cedo. Eu poderia pensar em um jeito legal de concluir isso, mas estou sem criatividade outra vez. Só... Assistam Castle.

Prometo que meu próximo post sobre alguma série de TV vai parecer menos com uma propaganda.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Um momento no tempo

Não desistam desse post. Vai ser o meu primeiro post decente por aqui.

Eis que Peter Parker se casa.

A Mary Jane Watson havia sido a primeira pessoa a descobrir a identidade verdadeira do Homem-Aranha e ele nem sabia disso!

A vida deles continua. Queda dos Vingadores, Novos Vingadores, casa do Peter destruída por um malucão, HA nos Vingadores, HA vai morar com a família na torre Stark.

Se o Peter mora na casa do cara, é fácil de ser manipulado. A lei de super-humanos é aprovada e heróis se dividem entre os contra a lei, clandestinos, e os a favor da lei, registrados. Assim começa uma saga da Marvel bem legal chamada Guerra Civil. Se você não leu, dê um jeito de ler agora mesmo. E isso é uma ordem. Tem muita coisa bacana que acontece nela, mas estou aqui pra falar do Homem-Aranha.

Logo de cara, o amigão da vizinhança, que está no grupo dos registrados de Tony Stark, revela sua identidade. ISSO MESMO. DEI SPOILER SEM DÓ PRA QUEM NÃO LEU. FALEI PRA LER.

Ninguém nunca ia imaginar que logo ele, todo preocupado com a família e as pessoas que ama, iria revelar a identidade! A Gwen Stacy morreu porque o Duende Verde sabia quem era o Homem-Aranha! É. Ele não parece ter pensado direito na hora, mas nunca é tarde pra se arrepender.

(OBS: Só agora eu me liguei que vou demorar muito pra chegar aonde eu quero chegar. ¬¬)

Assim que Peter Parker percebe que está do lado errado da disputa, do lado que cerceia as liberdades pessoais de cada super-ser, ele abandona o barco e se junta aos clandestinos. Os clandestinos perdem a guerra porque não conseguem derrubar a lei, mas Peter não vai preso e continua sendo perseguido pela polícia como um criminoso.

O problema é que aí todo mundo já sabia quem ele era, certo? ERRADO. O Rei do Crime, numa de suas malandragens malandras, manda um atirador de elite matar o escalador de paredes no motel em que ele, a esposa e a tia estavam hospedados. Aí o cara erra o tiro e quem se ferra é a Tia May, que fica entre a vida e a morte.

Vou tentar correr mais agora.

Não dá pra salvar a Tia May, Peter consulta todo mundo, continua sem poder salvá-la, aparece o Mefisto malvadão maléfico maligno e diz que pode salvar a idosa por um certo preço. O preço era APAGAR DA EXISTÊNCIA O CASAMENTO DE PEDRO PRADO aka Peter Parker.

Como assim? WTF? Como os caras vão lá e mudam assim do nada quase 20 anos de HQ de um personagem tão famoso???

Exato. O editor-chefe da Marvel na época, Joe Quesada (isso mesmo, o desenhista supimpão lá), resolveu que essa era a melhor maneira de fazer com que as HQs do Homem-Aranha, que vinham tendo um clima diferente do que fazia sucesso com o personagem, voltassem ao estilo que tinha em suas épocas áureas.

Um dia a mais. Peter desejava ter pelo menos um dia a mais, mas ele dormiu, e quando acordou, não era mais casado com MJ, ninguém (ou quase) lembrava de sua identidade secreta, e ELE NÃO SE LEMBRAVA DO TAL PACTO.

Depois de um tempo é revelado que apenas MJ sabia quem era o Homem-Aranha, mas o casamento deles não tinha acontecido. Nenhum leitor sabia como tinha se dado toda a vida do personagem do ponto no qual o casamento deveria ter acontecido até o presente.

Só ano passado, ou esse ano no Brasil, é que foi explicado tudo. MJ achava que um casamento era apenas uma maneira de tornar oficial a relação dos dois e uma maneira mais equilibrada de formar uma família com filhos etc. Só que se casar com um super-herói tornava um pouco complicada a situação dos filhos. Já que eles não poderiam ter filhos, para não por no mundo uma criança que vivesse em constante perigo, eles não se casam. Apenas passam toda a vida como namorados. Aí na época em que a Tia May leva o tiro, Peter percebe que isso tudo era porque ele tinha revelado a identidade. Por isso ele vai atrás do Dr. Estranho pedir que todos esquecessem. O Dr. Estranho consulta Tony Stark e Reed Richards, os responsáveis por convencer Peter a apoiar a lei no primeiro momento. Quando todos concordam em apagar a memória mundial e apagar qualquer registro físico e eletrônico, a magia de Stephen Strange e a tecnologia de Tony Stark se unem. Apenas Peter se lembraria disso, mas de última hora, ele percebe que não aguentaria viver uma mentira e faz com que MJ também se lembre.

Quando eles acordam no dia em que o Pacto deveria estar ocorrendo, MJ fica com raiva porque queria esquecer e o deixa.

Nada disso havia sido esclarecido. Isso é contado na saga Um Momento no Tempo.

A história é bem desenhada, bem escrita e, no mínimo, emocionante. A saga na qual o pacto havia sido feito se chama Um Dia a Mais. Confesso que, apesar de ter gostado do rumo que os gibis tomaram depois do pacto, achei que tinha sido uma medida muito drástica. Só que Um Momento no Tempo me fez amar Um Dia a Mais.

Era só isso que eu queria dizer. Perdoem-me por ser prolixo.


Como vocês puderam notar, ainda gosto de pular linhas.

Aquele quadro lá

Eu não tenho ideia de como começar isso direito, então vou falar um negócio que faz bastante sentido pra mim, mas é bem provável que não faça sentido algum pra ninguém que esteja lendo. Não fiquem com raiva de mim, por favor.

Quem sabe, se vocês elevarem suas criatividades ao máximo, e colocarem em prática o poder de observação, vocês descobrem do que vou falar.

Tem um quadro do Salvador Dali que se chama Girafa em Chamas, mas a pintura não tem nada a ver com o título. Aí ele tem outro quadro, que eu não sei o nome, no qual realmente há a tal girafa. Parece que um devia ter o nome do outro.

Basicamente é isso. Um devia ter o nome do outro.

Agora me deem licença que eu vou pensar em algo legal de verdade pra escrever.