sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Costelas da Honra - Capítulo 5

NORFOLK

Como ele surgiu? Foi no universo 17. E começa com pombas.

As pombas estão em todo lugar. Não deveria ser assim originalmente, mas elas foram sendo levadas. No caso do Brasil, foram trazidas para deixar o Rio de Janeiro mais parecido com Paris. Alguns são indiferentes em relação às pombas, outros não gostam delas e alguns as alimentam nas praças. Eu quero bacon, mas bacon ME ODEIA!
Essa relação é comum apenas em alguns planetas, como a Terra, mas em Svagrondia não é assim.Os Svagrondianos descobriram como como converter o som feito pelas pombas em energia elétrica... mas depois de séculos utilizando a energia pombial, elas entraram em extinção. Os Svangrondianos eram inteligentes e militaristas. Logo resolveram ir atrás de um planeta que tivesse muitas pombas. Na Terra, as pombas estão em todo lugar. Foi assim que a guerra começou. Foi assim que os terráqueos do universo 17 descobriram a existência de vida fora da Terra. E essa foi a pior maneira.
Eu quero sorvete, mas ele está longe. Numa ilha.
Na Terra, essa época correspondia ao ano 2012 d.C.

Todos os povos esqueceram suas diferenças e se uniram para defender o planeta, mas por alguns meses, os esforços pareciam inúteis. A sorte só pareceu mudar devido à esperteza e estratégia dos soldados de Jacareí. Foi em Jacareí que a vitória começou... e foi lá que a guerra terminou. 1 quarto da população da Terra se foi, mas os Svagrondianos não voltaram lá.
Não tenho nem nada a ver com o cupcake, mas ele já parece não gostar de mim.
Essa guerra ficou conhecida como A Guerra Intragalactíca. Alguns pessimistas a chamavam de Primeira Guerra Intragaláctica porque imaginavam que haveria uma vingança ou algum outro conflito do mesmo tipo. Mas o mais interessante sobre essa guerra foram os pequenos meteoritos. Junto das naves Svagrondianas vinham alguns deles. Bem pequenos, amarelados e brilhantes, do formato de batatas. Na língua dos Svangrondianos, "batata" se chama "norfolk". Essas eram as batatas do espaço. A maioria delas caiu no mar, outras foram coletadas por cientistas, para posterior análise, mas especialmente uma foi manipulada por um soldado. Um soldado de Jacareí. Não, ele não desenvolveu nenhum superpoder. Quem desenvolveu superpoderes foi seu filho.


Quando cresceu, o garoto virou militar, e rapidamente alcançou a patente de capitão. Por um tempo poucos sabiam que ele era o super-herói mascarado que protegia a cidade e a região de problemas e ameaças que outros super-heróis não conseguiam conter. Ele ficou conhecido como O Capitão Jacareí. Quando sua ajuda era necessária, com a força do pensamento era capaz de projetar seu uniforme: uma máscara que cobria a metade superior do rosto e um traje metálico amarelado e brilhante. Um grande triângulo azul cobria seu peito, e no centro do triângulo estava gravado um "J".

Parte daquilo era causado pela norfolk, mas também havia influência de sua mente. O mesmo acontecia com os superpoderes. A superforça, regeneração celular acelerada, velocidade sobrehumana, resistência e sentidos aguçados eram consequência do contato que o pai tivera com a norfolk, mas não seriam nada caso não fosse o caráter e a inteligência proporcionados pela criação que recebeu dos pais.

No ano de 2050, a paz reinava na região. Os crimes eram poucos e a harmonia era plena. Nessa época, o Capitão já havia revelado sua identidade. Se sentia melhor com isso. Tanto que ia até se casar. Seria uma bela cerimônia, se não tivesse sido interrompida pelo inexplicável teleporte do Capitão para o passado de outro universo. Sim, ele já estava suspeitando disse desde que aparecera fraco nas ruas da Jacareí do universo 161. De onde veio, já havia sido provada a existência de universos paralelos, mas não se sabia como viajar entre eles nem se isso deveria relamente ser feito, eticamente falando.

O Biriba Atômica havia sido entregue à polícia, mas O Navalha estava amarrado por cordas mágicas a uma cadeira na base do Super-Churros. Super-Churros e Lady Chispita estavam obrigando o Capitão Jacareí a contar toda essa história de onde ele veio, enquanto decidiam o que fariam com O Navalha.
Por favor, Bacon, me queira. Já tentei te odiar, mas não consigo. Não sou capaz de escolher do que gostar.
A dúvida que pairava sobre o Capitão Jacareí era se eles iam acreditar naquilo tudo, afinal, era uma verdade improvável.

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